segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Olha para o céu! Tira o seu chapéu!

Ouvir Estrelas

Ora ( direis ) ouvir estrelas!
Certo, perdeste o senso!
E eu vos direi, no entanto
Que, para ouví-las,
muitas vezes desperto
E abro as janelas, pálido de espanto

E conversamos toda a noite,
enquanto a Via-Láctea, como um pálio aberto,
Cintila.
E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.

Direis agora: "Tresloucado amigo!
Que conversas com elas?
Que sentido tem o que dizem,
quando estão contigo? "

E eu vos direi:
"Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e e de entender estrelas
Olavo Bilac


Para tentar entender as estrelas e a possível realidade por trás do céu que nos cobre, o 3o ano do Colégio Imaculado Coração de Maria esteve no Espaço Ecobé para viver o conhecimento produzido a respeito deste núcleo temático. Aproximar os alunos de fenômenos distantes, oportunizar experiências que nos levam a refletir  sobre a aparência dos objetos celestes, lançando luz sobre fatos e informações astronômicas foram alguns dos nossos objetivos.
Práticas e experimentos foram adaptados a faixa etária sem, no entanto, reduzir ou simplificar ingenuamente as teorias. Os conceitos que orbitam as perguntas chaves que perseguimos durante o encontro foram apresentados e discutidos através destas atividades.

Porque a lua tem fases?
Quando a maré sobe?
Porque o céu é azul?
Porque as estrelas não brilham de dia?
Porque a noite não encontra o dia?
O que é gravidade? Como fugir dela?
Porque o universo é escuro?
É possível viver em outro planeta do sistema solar?
Por que os planetas orbitam o sol?

Conceitos como ÓRBITA, ELÍPTICA, MATÉRIA ESCURA, CAMPO GRAVITACIONAL, ATMOSFERA, CONSTELAÇÕES, PLANETAS GASOSOS, REFLEXÃO, ROTAÇÃO, TRANSLAÇÃO, HEMISFÉRIOS, NEBULOSAS, etc, bailaram em nosso céu!

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

DA MINHA ALDEIA
                                                                     

Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver no Universo...
Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer

Porque eu sou do tamanho do que vejo
E n
ão do tamanho da minha altura...

Nas cidades a vida é mais pequena

Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro.
Na cidade as grandes casas fecham a vista à chave,

Escondem o horizonte, empurram o nosso olhar para longe
de todo o céu,

Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os nossos olhos
nos podem dar,
E tornam-nos pobres porque a nossa única riqueza é ver.
                                                                                    Fernando Pessoa



Estamos distanciados da Natureza-Mãe provedora de todas os recursos necessários à manutenção da vida no planeta, inclusive da nossa espécie. Nossos filhotes nascem tendo como referência de fonte e provisão as grandes corporações e empresas que exploram os recursos naturais e produzem bens, estes tão desejados. Logo aprendem a ler suas assinaturas de logos, que se espalham por toda parte da urbe, muito antes de decifrarem as palavras.

Principalmente as crianças urbanas, filhas da cidade grande, estão alijadas da cadeia produtiva, e a origem das coisas ganhou sentido nebuloso ou imediatista, criando realidades surreais e perigosas:  vacas são “quadradinhas” em sua roupa de tetrapack, já que o leite vem da caixinha; frangos não tem cabeça, são despenados e um tanto quanto frios, muito diferentes das galinhas das histórias. Cocó e galinha são coisas bem diferentes. Bifinho não é boi, e o açúcar vem das nuvens ou do mercado. Crescendo sem se dar conta de onde as coisas vêm, crescem sem compreender os processos e os ciclos, sem compreender os fluxos e demandas da vida. Sem ligar o plantar ao colher. Logo se tornarão adultos ambientalmente irresponsáveis. Consumidores sem controle. Precisamos urgentemente fazer o caminho de volta -religarmos os fluxos da nossa vida à Natureza que é mãe.
Em nossas escolas nosso movimento de retornar de reaproximar tem se traduzido em cartilhas de cantigas musicalmente pobres e montanhas de papel verde. Reduzimos a formadora e disciplinadora compreensão dos processos ecológicos por eufóricos gritos de guerra. Torcemos pela Natureza de maneira menos enfática que pelos times de futebol- e é fácil compreender uma vida sem os campeonatos ou olimpíadas, mas sem recursos naturais e saúde ambiental...
Em nossas escolas o movimento de retorno de reintegração tem se constituído de uma cartilha de cantigas de baixa qualidade musical e por montanhas de papel verde. Substituímos a coisa pela representação da coisa, o que segundo Rousseau, nos fará conhecer a reapresentação e ignorar a coisa em si. Nossos jardins são de palavras e as florestas de maquetes intermináveis. Só conhecemos nosso lugar, a geografia do viver sob a perspectiva das realizações humanas, apresentamos as crianças aos mercados, à moeda, aos objetos, as industrias, mas crescemos ignorando  nosso próprio jardim.
 Se quisermos ser maiores do que somos, sendo do tamanho do que vemos, como afirma Fernando Pessoa, precisamos ver para além de nosso umbigo e fazer crescer nossa aldeia para além dos limites das embalagens.
 Esse caminho, que não é novo, tem sido trilhado por muitos, em muitos países, como no Centro para Alfabetização Ecológica em Berkeley dirigido por Fritjof Capra. Todo conhecimento têm sido partilhado nas redes em forma de publicações e vídeos, para impulsionar novas práticas. O tempo urge:
  " Nas próximas décadas, a sobrevivência da humanidade dependerá de nossa alfabetização ecológica", destacou o físico. Para Capra, ser ecologicamente alfabetizado (ecoliterate) significa entender os princípios básicos da ecologia que os ecossistemas  desenvolveram para manter a 'teia da vida'... "No Centro para Alfabetização Ecológica em Berkeley, meus colegas de trabalho e eu desenvolvemos uma pedagogia especial para ensinar nas nossas escolas esses princípios da ecologia e as ferramentas que são necessárias para construir e alimentar comunidades sustentáveis"...
( http://www.ecodesenvolvimento.org/posts/2015/julho/fritjof-capra-sobrevivencia-da-humanidade)

Endereçamento ecológico: Alunos da Parque sendo apresentados a um ambiente vizinho à escola.





quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Rio à vista!

Esteira Cultural Martim Pescador
Um Rio que passou em minha vida”

O evento foi a culminância de um projeto que se realizou desde o primeiro semestre. Cada tema de trabalho escolhido pelas  turmas derivou do tema principal e foi desenvolvido em diferentes áreas do conhecimento. Os alunos do 5ano trabalharam com o tema “A chegada da família Real no Rio de Janeiro” quando  aprenderam conceitos de astronomia e puderam perceber como os povos antigos conseguiam chegar ao seu destino, mesmo sem o uso de grandes tecnologias para navegação. Os alunos fizeram experiências sobre as fases da lua, quando desvendaram seus mistérios e mitos em fenômenos. Com o planisfério celeste puderam localizar a posição dos astros e em um outro momento apreciar a tecnologia de uso e construção de bússolas.
A 4ano fizeram experiências sobre a Floresta da Tijuca onde eles perceberam sua importância para a cidade, como a vegetação que é reguladora do cls turmas doima e captação de água que se formam nos rios dentro da floresta, abastecendo parte da população.
Nosso objetivo foi o de possibilitar a compreensão da dinâmica e dos ciclos de um ecossistema, além de valorizar a Floresta como um bem precioso. Para culminar esta iniciativa produzimos miniaturas deste ambiente em mini-terrários fechados.
Com o tema Café Carioca os alunos do 3ano aprenderam sobre os diferentes tipos de café existentes, os seus malefícios e benefícios. Foram apresentados ao grão de café verde e o grão torrado percebendo sua diferença. Degustamos diferentes grãos torrados e moídos para apurar o nosso paladar para as pequenas diferenças gustativas. Com uma ideia sustentável que oferece benefícios que auxiliam no cuidado com a saúde estimulando uma boa alimentação, além da economia de espaço, os alunos confeccionaram uma horta vertical onde foram plantadas diversos tipos de ervas, onde puderam coletar e fazer a produção de chás. Em um outro momento com os diferentes tipos de açúcar e suas propriedades os alunos acompanharam o beneficiamento do açúcar e verificaram sua energia potencial evidenciada em uma experiência explosiva e luminosa.
Os alunos do 2ano investigaram a cultura do transporte comparando os antigos e os atuais meios usados na cidade. Necessidade básica dos humanos, com o passar do tempo os meios de transporte foram evoluindo em tecnologia e em poder de poluição, a maioria deles causando um grande impacto no meio ambiente. Para tratar ludicamente desta problemática foi realizada uma corrida entre um barco a vapor contra um barco ecológico onde os alunos perceberam que além de poluir menos o barco ecológico ainda é mais rápido, propiciando um debate sobre consumo X eficiência. Os alunos ainda confeccionaram carros ecológicos utilizando material reciclável para estimular uma cultura de sustentabilidade, e com o uso do hovercraft (disco planador) os alunos utilizaram um meio de transporte do futuro que utiliza opções diferentes de combustíveis porém produzem um outro tipo de poluição, a sonora, reforçando a discussão sobre o bom senso das escolhas. 



terça-feira, 6 de outubro de 2015

O preço do combustível






O 4o ano do C.E.I, Centro Educacional Espaço Integrado, está envolvido com a pesquisa sobre as questões envolvendo  os recursos naturais.  Através do questionamento da origem e processos de formação do petróleo com o uso de ilustrações, os alunos problematizaram o consumo do petróleo e seus derivados constatando seu grande impacto de produção e seu enorme tempo de renovação.
Inspirados em uma pesquisa desenvolvida pela NASA, os alunos experimentaram o poder energético presente nas sementes de alguns vegetais como o girassol, usando seu óleo como alimento para o fogo, através de sua combustão.
Em seguida, enfatizando se tratar de uma pesquisa de muita responsabilidade, denotamos os cuidados em laboratório para a manipulação de produtos químicos e vidrarias específicas com atenção nos processos e uso de luva protetora. O objetivo era usar o óleo de girassol como matéria prima para a produção de biodiesel, fazendo uso de reações químicas entre produtos como metanol, soda cáustica e o próprio óleo de girassol tendo medidas e temperaturas devidamente controladas. O resultado final deve descansar por alguns dias para separar o biodiesel da glicerina (outro subproduto) e então testar a eficiência da queima do biodiesel.

Nossa proposta era a de questionar o uso de um produto altamente poluente e de produção bastante impactante para a natureza, incentivando o uso de um produto alternativo, com alta renovabilidade e menor índice de poluição, reforçando a ideia de preocupação com a responsabilidade socioambiental no nosso cenário urbano.

Por André Carpi

O conhecimento por trás do COCÔ !

O 4º ano do Ensino Fundamental I da Escola Eliezer Max vem desenvolvendo atividades sobre o sistema digestório, tema estudado desde o início do 2º trimestre. As aulas foram divididas em: (I) Boca, (II) Faringe e Esôfago, (III) Estômago, (IV) Intestino delgado, (IV) Órgãos acessórios e (V) Intestino grosso e Formação das fezes. Ao longo das aulas os alunos acompanharam um vídeo sobre o sistema digestório, produzido pela Superinteressante. Dentre os assuntos abordados, destaca-se a aula sobre o trajeto do bolo alimentar e a formação das fezes. Os objetivos foram: conhecer a composição das fezes e entender como ocorre essa transformação ao longo da passagem do alimento pelo corpo.
Assim que os alunos entraram no laboratório, foram convidados a participar da leitura de um texto publicado pela Abril (http://mundoestranho.abril.com.br/materia/como-se-forma-o-coco). A escolha do texto foi intencional e o objetivo foi tratar de um modo normal o assunto, que por vezes é considerado nojento. Devido ao vocabulário informal os alunos tiveram bastante facilidade e se sentiram bem confortáveis para dar suas opiniões pessoais. Após a leitura do texto foram respondidas algumas perguntas. O primeiro experimento realizado foi a simulação da passagem do bolo alimentar por todo o trajeto digestório até o reto. Cada grupo de alunos recebeu uma meia calça aberta nas duas extremidades e um pano seco. O objetivo era passar o pano através da meia calça usando apenas movimentos similares aos peristálticos.
A princípio os alunos tiveram uma certa dificuldade, até que surgiu a proposta de umedecer o pano. A água facilitou a compactação do pano e a sua descida pela meia calça, demonstrando a importância da hidratação e do consumo diário de agua para a formação e eliminação das fezes. Neste momento, aproveitou-se para discutir assuntos como constipação e o consumo de fibras. Para o segundo experimento foi discutido o uso de fezes como fertilizantes.
Os alunos foram convidados e montar uma bomba de sementes, baseados na composição das fezes. Receberam uma porção de terra, uma porção de argila (para dar liga) e algumas sementes. Ao final da mistura, cada grupo escolheu um canteiro ou jardim da escola para colocar sua bomba de sementes.
 É muito comum os alunos iniciarem as aulas sobre sistema digestório com um certo pudor. Através do acompanhamento do vídeo os alunos puderam se conhecer internamente e aceitar de forma mais natural a máquina perfeita que é o corpo humano. Ao longo de todo o projeto, com o auxílio dos experimentos, os alunos puderam trabalhar alguns conceitos físicos, como: digestão mecânica, atrito etc.; conceitos químicos, como: acidez e basicidade; e conceitos biológicos mais complexos, como a ação de enzimas. 
Por Tabatta da Silva


Na busca por raízes, dando frutos à imaginação



No dia 21 de maio, o 4° ano do fundamental do Carolinna Russo mergulhou no universo das plantas a fim de ter um resgate da importância ecológica dos vegetais, relacionar a parte da planta às suas funções, valorizando outra forma de vida por meio de suas adaptações e interações com o meio, no caso, um rio.

     Nesta aula, os alunos conheceram as partes das plantas tendo a pesquisa como ferramenta-verdadeiros cientistas! Indo desde raízes até frutos, viajaram pelo mundo das plantas aquáticas e terrestres. Primeiro, tiveram que descobrir em que estrutura a planta aquática está buscando por água, com a ajuda dos “olhos grandes” (lupas).
Em seguida, comparam suas texturas, bolinhas de ar e tudo mais que as fazia flutuar. “E flutuar para quê?”. Na busca pela luz, adentraram na lenda da Vitória Régia e viram que aquáticas também podem ter flor. Sem se afogar como Naiá, a personagem da lenda, exploraram toda a riqueza por trás da beleza desta linda flor e de outras mais; fazendo soltar pólen como insetos em um das maiores flores do mundo.
E o que veio depois? Dando frutos à imaginação, os fizeram se materializar, com uma bela fruta à se formar. E do fruto veio a semente, crescendo até virar uma plantinha. E que semente essa de abacate! “E para que o bebê planta cresça? O que precisa?”. Já foram investigar, pelos caminhos das folhas em um rio e com o caranguejo a animar!         
  Aproximar as crianças da flora ribeirinha, percebendo a sua rica interação com as demais formas de vida e seu meio, tem o intuito de despertar para a valorização da vida para além do ser humano-


  Viva o verde que nos faz vivos!

Por Tagore

Consumo consciente na cabeça!!!


Fomos convidados a participar de uma incrível iniciativa do Colégio Santo Inácio: Um fórum de sustentabilidade para os alunos do 2o ano do Fundamental. Neste fórum, vários  palestrantes apresentaram temas referentes à proposta de uma cultura de sustentabilidade e responderam às perguntas formuladas pelas turmas, em diferentes encontros. Coleta seletiva, produção de lixo, poluição do ar, a saúde dos oceanos, a reciclagem foram temas debatidos e apresentados por lideranças e pesquisadores das referidas áreas.  Nosso tema foi o consumo consciente, e as perguntas propostas tão sérias e profundas , como só as crianças podem fazer, rezavam sobre diversos aspectos da cultura de consumo:
- Porque consumimos sem precisar?
-Os homens das cavernas produziam lixo?
- Seus filhos são consumidores conscientes?
- É possível viver sem consumir?
A escola dá seguimento a um projeto de sustentabilidade que pretende despertar nas crianças a consciência ecológica e mobilizar as famílias sobre as questões ambientais. E fazem isso valorizando o assunto como se deve:  em um auditório devidamente preparado com toda pompa e circunstância, mais de 230 alunos durante quase 2 horas vivenciaram com todo o entusiasmo,educação e respeito, a condução da apresentação, perguntas, respostas, sendo eles mesmos mestres de cerimônia, organizadores, anfitriões, expectadores e entrevistadores. Um show de envolvimento, alegria e paixão. Se nosso futuro depende das novas gerações, por esta amostra, fico tranquilo quanto ao nosso destino!
Parabéns a toda equipe do Santo Inácio, e obrigado pela oportunidade de presenciar e participar desta iniciativa ecologicamente oportuna e mobilizadora!

Vídeo apresentado no encontro que reflete sobre o impacto ambiental da cultura humana:

É o Bicho

O 1º ano do CEC, dentro do projeto "É o bicho!", vem descobrindo as diversas coberturas corporais dos animais e suas funções. Nesta aula dia 27 de agosto de 2015, os alunos descobriram através de inúmeras atividades que há animais cobertos por penas e que vivem tanto na água quanto em terra, e que esses animais possuem adaptações fisiológicas e anatômicas para esse tipo de vida.
Após uma história contada pelo professor, as crianças puderam experimentar como uma superfície gordurosa repele a água, além de testar formatos diferentes de patas e sua eficiência para natação, depois das atividades os alunos puderam observar o animal, suas adaptações ao ambiente aquático e a eficiência de sua cobertura corporal repelir a água. É natural que uma criança associe as aves e suas penas apenas ao voo e com essas atividades podemos ampliar a percepção da diversidade de possibilidades e adaptações dos animais, além da observação de suas estruturas anatômicas que são inspiração para criação e desenvolvimento de diversas ferramentas utilizadas em nosso cotidiano. É a Natureza sempre ensinando!



Crianças testando o efeito da água em uma superfície “desprotegida”





Por Allan Farah